Praça da Concórdia: da guilhotina à reconciliação

Conheça a Praça da Concórdia, em Paris, um local marcado pela história

praça da concórdia
Praça da Concórdia – Arquivo Pessoal

A Praça da Concórdia, maior praça de Paris e segunda maior da França, carrega fatos marcantes, inclusive sangrentos, da história de Paris.  Hoje a praça é um símbolo da reconciliação do seu povo, e traz à memória como as condições antagónicas de luxo e miséria podem levar a situações extremas.  

Ligando o Jardin des Tuileries à Champs Elyssès, a Praça da Concórdia começou a ser construída em 1755 com o aceite do projeto, no reinado de Luís XV, que desejava embelezar e organizar a cidade. 

Antes disso, em 1948, já era iniciado o projeto de uma escultura em homenagem ao reestabelecimento do rei Luís XV após uma enfermidade, tal escultura retrataria o monarca imponente sobre o seu cavalo, e foi a partir da ideia da estátua que começou a busca pelo local onde a obra ficaria, assim foi escolhido o local anteriormente citado, uma ampla esplanada onde encontravam-se poucos imóveis em sua maioria do poder público.

 Em 1763, a estátua de Luís XV foi inaugurada no centro da esplanada, contudo a conclusão das obras da praça ocorreu apenas em 1775, na ocasião nomeada Praça Luís XV. 

Antes mesmo de sua conclusão a praça foi palco de um acidente terrível onde mais de cem pessoas foram mortas, pisoteadas e sufocadas, em decorrência de um acidente com fogos de artifício em comemoração ao casamento do rei Luís XVI com Maria Antonieta.

A Praça Luís XV que antes simbolizava a exaltação da monarquia, durante a Revolução Francesa a Praça passou a desempenhar outro papel importante e marcante da história.  Em 11 de agosto de 1792, os revolucionários derrubaram a estátua de Luís XV do seu pedestal e renomearam o local como Praça da Revolução.

Na praça foi colocada uma guilhotina, e no decorrer da Revolução, das 2498 pessoas guilhotinadas em Paris, 1119 foram executadas na Praça da Revolução, entre elas o rei Luís XVI, Maria Antonieta, Lavoisier, Robespierre.

Com o fim da Revolução Francesa, e todo o terror ocorrido na praça, o local foi renomeado em 1795 como Praça da Concórdia, expressando um desejo de reconciliação e esperança para uma nova história, e assim permanece conhecida até os dias atuais.

Como chegar

A Praça da Concórdia está localizada no 8º arrondissement, às margens do Rio Sena.  A praça liga pontos importantes de Paris, de um lado o Jardin des Tuileries que leva ao Museu do Louvre, e do outro a Champs Elyssès que leva ao Arco do Triunfo.

Assim, a Concórdia é um lugar de fácil acesso e que pode ser tranquilamente incluído como um passeio de passagem para outros pontos turísticos.

A estação de metrô mais próxima ao local é a Concorde (linhas 1, 8 e 12).  Sugiro que sempre acesse o site de transporte público de Paris, o RATP para verificar alterações de no sistema de transporte e outras opções de acesso, como ônibus, RER, trem.

Como visitar

A Praça da Concórdia é um local público, gratuito e repleto de história, que conecta diversos outros pontos turísticos em Paris.  Com base nisso, minha dica é incluir a visita como passagem conectando a outras atrações.

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Arquivo Pessoal

Reserve um tempo para apreciar suas fontes, o obelisco, suas luminárias, as estátuas que representam regiões da França, além das construções em volta, como o Hotel de Crillon, um dos mais luxuosos do mundo, e o Ministério da Marinha.

Um destaque especial para o obelisco no centro da Praça, o monumento foi um presente do Egito para a França.  O obelisco de Luxor tem mais de 3000 anos e ficava na entrada do Palácio de Ramassés II, em Tebas.

Minha experiência

Paris é uma cidade que transpira história, isso é de uma riqueza imensa, mas também nos submete a uma grande reflexão sobre o quanto custa a liberdade, a igualdade e a fraternidade, tríade tão almejada pela Revolução Francesa.

O lugar me transmitiu um ambiente de reconciliação, confesso que sou um tanto esperançosa e otimista, acreditando sempre em dias melhores.

Minha visita à Praça da Concórdia se deu após um passeio pelo Petit Palais, segui a Champs-Elyssès e cheguei à praça.  Na ocasião ela estava em obras, com algumas áreas bloqueadas.

O obelisco realmente impressiona, as fontes são belíssimas, e as construções nos arredores completam o visual.  A praça estava relativamente movimentada, com muitos turísticas garantindo os registros fotográficos no local.

Ao sair da Concórdia passei pelo Jardin des Tuileries, relaxei em uma das cadeiras em torno do lago e segui para o Museu d’Orsay.

Minha opinião final sobre a Praça da Concórdia: visite, conheça!  É belíssima, de acesso fácil, de importância extrema para a história da França, te conecta a diversos outros pontos turísticos e rende ótimas fotos.

Quer saber mais sobre outros lugares em Paris? 

Conheça um pouco mais sobre os lugares mencionados aqui no artigo: Museu d’Orsay, Jardin des Tuileries, Petit Palais, Arco do Triunfo.

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